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Ansiedade e depressão na gravidez e no pós-parto: os fatores de risco que toda mãe precisa conhecer

  • Foto do escritor: Carol Santos
    Carol Santos
  • há 5 dias
  • 2 min de leitura

Quando a alegria da gestação vem acompanhada do medo


A gestação costuma ser lembrada como um momento de alegria, mas para muitas mulheres ela também traz preocupações intensas, inseguranças e até sofrimento silencioso.Estudos mostram que a ansiedade e a depressão podem surgir tanto na gravidez quanto no período pós-parto, e muitas vezes estão ligadas não apenas a fatores biológicos, mas também a aspectos psicológicos e sociais.


Entender esses fatores de risco é fundamental para que a mãe e sua rede de apoio saibam quando acender o sinal de alerta e buscar ajuda.


O que são fatores psicossociais de risco


Chamamos de fatores psicossociais de risco aqueles elementos do ambiente, da história de vida e do contexto social da gestante que podem aumentar a vulnerabilidade emocional nesse período.Eles não determinam, mas aumentam as chances de desenvolver ansiedade ou depressão.


Principais fatores de risco na gravidez e no pós-parto


1. Histórico de saúde mental

Mulheres que já tiveram episódios anteriores de ansiedade ou depressão têm maior risco de recaída durante a gestação ou após o parto.


2. Falta de apoio social e familiar

Quando a gestante se sente sozinha, sem suporte do parceiro, da família ou de amigos, a sobrecarga emocional se intensifica.


3. Conflitos conjugais

Discussões frequentes, instabilidade no relacionamento ou ausência do parceiro podem aumentar a sensação de vulnerabilidade.


4. Situações financeiras e estresse socioeconômico

Insegurança em relação ao trabalho, renda ou moradia eleva a pressão psicológica nesse período.


5. Gravidez não planejada ou indesejada

Pode gerar sentimentos de culpa, insegurança e dificuldade de aceitação da maternidade.


6. Experiências traumáticas passadas

Histórico de violência, abuso ou traumas não elaborados pode reaparecer emocionalmente na gravidez e no pós-parto.


7. Expectativas irreais sobre a maternidade

Cobrança excessiva, perfeccionismo e comparação com outras mães podem levar a sentimentos de fracasso e baixa autoestima.


Gestante sentada na beira da cama, com expressão de preocupação e mãos apoiadas sobre a barriga, em um quarto iluminado suavemente pela luz natural da janela — simbolizando os fatores psicossociais de risco na gravidez.

Sinais de alerta: quando procurar ajuda

  • Tristeza persistente ou falta de ânimo

  • Crises frequentes de ansiedade ou pânico

  • Sentimento de incapacidade de cuidar do bebê

  • Distúrbios intensos de sono e apetite

  • Pensamentos de autolesão ou de machucar o bebê (urgência médica)


Como reduzir os riscos e fortalecer a saúde mental

  • Construa uma rede de apoio: família, amigos, grupos de gestantes.

  • Converse abertamente com seu médico ou psicólogo: não guarde sintomas em silêncio.

  • Participe de atividades relaxantes: yoga, meditação, caminhadas leves.

  • Alimente-se e descanse o máximo possível: corpo e mente precisam de energia.

  • Aceite ajuda prática: ninguém precisa dar conta de tudo sozinha.


Conclusão


A gravidez e o pós-parto são fases de intensas mudanças, e reconhecer os fatores de risco psicossociais é um passo essencial para proteger a saúde mental da mãe e garantir um início de vida mais saudável para o bebê.


Mais do que nunca, é hora de lembrar: maternidade não precisa ser solitária — pedir ajuda é sinal de cuidado, não de fraqueza.

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