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Nascimentos em queda no Brasil: o que está por trás da menor taxa desde os anos 1970?

  • Foto do escritor: Carol Santos
    Carol Santos
  • há 5 horas
  • 2 min de leitura

O Brasil registrou, em 2023, o menor número de nascimentos desde 1977, segundo o IBGE.É mais do que uma estatística: é um retrato silencioso das mudanças sociais, econômicas e emocionais que estamos vivendo.


Mas o que está por trás dessa queda?Por que tantas mulheres estão adiando — ou abrindo mão — da maternidade?E o que tudo isso revela sobre o futuro das famílias no país?


Neste artigo, vamos além dos números para entender o que está mudando na forma como o Brasil nasce.


📊 O que dizem os dados do IBGE?

De acordo com o levantamento divulgado em maio de 2025:

  • O número de nascimentos em 2023 foi de 2,54 milhões — uma queda de 3,5% em relação ao ano anterior.

  • É o menor número absoluto desde 1977.

  • Em estados como o Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo, a queda foi ainda mais acentuada.

  • A maior parte dos nascimentos aconteceu nas regiões Sudeste e Nordeste, mas todas as regiões registraram recuo.


A tendência é clara: o Brasil está tendo menos filhos.


Berço vazio em um quarto silencioso e iluminado pela luz do sol, simbolizando a queda nos nascimentos no Brasil e a nova realidade das famílias.

🤔 O que está por trás dessa queda?


A maternidade nunca foi uma decisão apenas biológica — ela é, sobretudo, emocional, cultural e financeira.


💸 1. Insegurança econômica

Inflação, custo de vida elevado, falta de estabilidade profissional.Muitas mulheres relatam:“Eu adoraria ter filhos, mas não me sinto segura.”


🕓 2. Adiamento da maternidade

Com mais acesso à educação e ao mercado de trabalho, muitas mulheres estão priorizando carreira e estabilidade antes de engravidar.Mas quando decidem, a fertilidade já começa a cair — e a gravidez se torna mais desafiadora.


🧠 3. Saúde mental e sobrecarga emocional

A pandemia intensificou questões como burnout, ansiedade e depressão.E a maternidade, que exige tanto, parece inviável para quem já está no limite.


🏡 4. Falta de rede de apoio

A ideia de “criar uma criança sozinha” assusta.A ausência de políticas públicas voltadas à família, a solidão das mães e a falta de suporte fazem muitas desistirem do projeto.


✊ 5. Escolha consciente de não maternar

E sim, há também quem decida, com total consciência, não ter filhos.E essa escolha precisa ser respeitada — e não romantizada ou julgada.


👶 O que isso significa para o futuro do país?


Menos nascimentos significam:

  • Envelhecimento acelerado da população

  • Redução da força de trabalho

  • Impacto na previdência e economia

  • Mudanças profundas na estrutura das famílias e cidades


Mas mais do que isso, revela um país onde as mulheres não estão encontrando condições emocionais, financeiras e sociais para gerar e criar.


✨ Um chamado para o cuidado

A queda no número de nascimentos não é só uma “crise demográfica”.É também um grito silencioso de mulheres que estão sobrecarregadas, cansadas, sem apoio.


Se o Brasil quer mais bebês, precisa primeiro cuidar de quem os gera.Investir em saúde mental materna, licença parental, creches públicas, amparo emocional e segurança econômica.


Porque maternidade não se faz só com útero.Se faz com rede, acolhimento, dignidade — e escolha real.

 
 
 

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