Licença-maternidade de 180 dias? Entenda a proposta que pode mudar a vida das famílias brasileiras
- Carol Santos
- 31 de mai.
- 2 min de leitura
A chegada de um bebê muda tudo — na rotina, no corpo, na mente e no coração.E se há um momento em que mãe e bebê precisam estar juntos, é nos primeiros meses de vida.
Agora, uma nova proposta está ganhando destaque no Congresso: ampliar a licença-maternidade no Brasil de 120 para 180 dias.Mas o que isso realmente significa na prática?
Quem teria direito? E quais os impactos para as famílias e para o bebê?
Neste artigo, você vai entender o que está em jogo com essa possível mudança — e por que ela pode transformar a forma como cuidamos do começo da vida.
📜 O que diz a proposta?
A ideia é tornar obrigatória a licença-maternidade de 180 dias (6 meses) para todas as mães trabalhadoras com carteira assinada — e não apenas para quem trabalha em empresas que aderem ao Programa Empresa Cidadã.
Hoje, a lei prevê:
120 dias (4 meses) de licença obrigatória para todas as trabalhadoras
Possibilidade de prorrogação para 180 dias, mas apenas para empresas que optam por isso voluntariamente
A proposta atual quer tornar os 180 dias o novo padrão nacional.
👶 Por que isso é tão importante para o bebê?
Os primeiros seis meses de vida são fundamentais para o vínculo, o desenvolvimento neurológico e emocional, e a amamentação exclusiva.
Com 180 dias de licença, a mãe pode:
Amamentar exclusivamente por 6 meses, como orientado pela OMS
Acompanhar os marcos do desenvolvimento do bebê com calma
Criar vínculo seguro e acolhedor
Reduzir o risco de depressão pós-parto
🤱 E para a mãe?
Além de ser um tempo essencial para o cuidado com o bebê, os 180 dias permitem que a mãe também se recupere com mais dignidade.
Recuperação física do parto (que pode levar até 3 meses ou mais)
Adaptação emocional ao puerpério
Menos pressão para "dar conta de tudo" cedo demais
Mais tempo para organizar o novo ritmo de vida

💼 E para as empresas?
A principal preocupação gira em torno de custos e logística de substituição.Mas especialistas apontam que:
O investimento pode reduzir o absenteísmo e aumentar a fidelização da funcionária
A mãe volta mais equilibrada emocionalmente, com maior produtividade
Empresas que apoiam a maternidade ganham imagem mais positiva e humanizada
🌍 O Brasil estaria alinhado com o mundo?
Atualmente, o Brasil já é referência na América Latina com os 120 dias.Mas países como:
Noruega
Suécia
Alemanha
Canadá
… já adotam licenças mais longas — e com isso, fortalecem o cuidado com a infância e a saúde mental das mães.
✨ Um passo para cuidar de quem cuida
Ampliar a licença-maternidade não é um luxo. É uma necessidade.É olhar para a infância com respeito.É dar à mulher tempo e acolhimento para ser mãe — com menos pressa e mais presença.
A proposta ainda está em discussão. Mas o debate é urgente.
Porque quando a sociedade cuida da mãe, ela cuida do futuro.
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