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Gravidez molar: o que é essa condição tão rara e assustadora?

  • Foto do escritor: Carol Santos
    Carol Santos
  • 17 de abr.
  • 2 min de leitura

Você acabou de descobrir que está grávida. A alegria explode, os planos começam a surgir, o coração dispara… Mas, e se de repente, algo sair completamente do esperado?


É assim que muitas mulheres descrevem o momento em que escutam, pela primeira vez, o termo “gravidez molar”. Um nome estranho, uma condição rara — e, sim, um susto enorme. Mas calma: neste artigo, eu vou te explicar tudo com carinho, do jeito que a gente gostaria de ouvir se estivesse passando por isso.


O que é, afinal, uma gravidez molar?


A gravidez molar acontece quando algo dá errado logo no comecinho da gestação. Ao invés de o embrião e a placenta se formarem normalmente, o que cresce dentro do útero é um aglomerado de células anormais — como se fosse uma “placenta doidinha”, que não sabe para onde ir.


Existem dois tipos:

  • Mola completa: não há bebê, só tecido.

  • Mola parcial: até pode haver um embrião, mas com alterações genéticas graves, e infelizmente, ele não sobrevive.


É triste, eu sei. Mas entender o que está acontecendo é o primeiro passo pra se cuidar com carinho.


Como saber se é isso?


Muitas vezes, a mulher só descobre na ultrassonografia. Mas tem alguns sinais que podem acender o alerta:

  • Sangramento no comecinho da gravidez (às vezes com aspecto escuro)

  • Náuseas muito fortes — mais do que o habitual

  • A barriga crescendo rápido demais

  • Ausência de batimentos cardíacos

  • E, em alguns casos, pressão alta ainda nos primeiros meses


Se algo parecer estranho, vale sempre buscar o obstetra. Intuição de mãe, mesmo no comecinho, é poderosa.


E se for mesmo gravidez molar?

Se for confirmado, o tratamento costuma ser a retirada desse tecido por curetagem. Depois disso, o médico vai acompanhar seus hormônios por alguns meses (o tal do hCG, que costuma estar altíssimo nesse tipo de gravidez).


Na maioria dos casos, tudo se resolve por aí. Em situações mais raras, pode ser necessário fazer um acompanhamento mais longo ou, em casos bem específicos, até medicação.


Mulher com expressão de tristeza sentada em consultório médico, olhando para baixo, representando o impacto emocional da gravidez molar.

Dá pra engravidar de novo?


Sim. Depois de passar por tudo isso, muitas mulheres voltam a engravidar e têm uma gestação saudável. Só é preciso dar um tempo — geralmente de 6 meses a 1 ano — pra o corpo e o coração se recuperarem.


E o emocional, como fica?


Ah… essa é a parte que mais aperta. Porque, mesmo que tecnicamente não tenha havido um bebê formado, o sonho já estava ali. A expectativa, o carinho, os nomes na cabeça… tudo isso existiu. E quando a gravidez molar entra no caminho, parece que tudo foi arrancado de repente.


Por isso, é super importante se permitir viver o luto, conversar com alguém de confiança, e se cercar de cuidado e afeto. Você não precisa ser forte o tempo todo. 🌸


Um recado final

A gravidez molar é rara, sim. E na maioria das vezes, o corpo responde bem ao tratamento. Mas a mulher que passa por isso precisa de acolhimento, informação e escuta.


Se esse for o seu caso, ou de alguém próximo, saiba: você não está sozinha. E o seu corpo, mesmo diante de tudo isso, merece ser tratado com amor e respeito. Ele não falhou. Ele só precisa de um tempo pra se curar.

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